THE LITTLE BLACK JACKET

Modelo brasileira Alice Dellal
A ligação entre arte e passarela (e sua legitimidade) é um assunto que não sai de moda. Não à toa, Karl Lagerfeld, diretor artístico da Chanel, criou um livro e uma mostra fotográfica itinerante a partir de uma peça icônica da grife francesa: a jaquetinha preta.
Adaptá-la a gente ligada ao meio, e de forma pouco convencional, foi a premissa do trabalho. Como enfiar a atriz Laura Neiva num vestido renascentista inspirado na rainha Maria 1º da Escócia (1542-1587), na imagem que estampa cartazes da mostra. Ou pôr o artista alemão Sandro Kopp, namorado da atriz Tilda Swinton, naquelas golas de babado que fariam salivar o alfaiate de William Shakespeare.

A exposição "The Little Black Jacket" traz retratos feitos pelo próprio Lagerfeld de 110 pessoas da moda posando com a peça --que sai por cerca de R$ 10 mil nas lojas. A edição e o styling são da lendária Carine Roitfeld, ex-diretora da "Vogue" francesa.  



Artista alemão Sandro Kopp
Atriz alemã Diane Kruger
Montada na Oca, no parque Ibirapuera, a mostra será aberta ao público no dia 31. Chega a São Paulo após Tóquio, Nova York, Londres, Paris, Milão, Pequim e Xangai.
Espera-se a presença de Lagerfeld para a abertura. "De certa forma, Carine é uma espécie de Coco Chanel moderna", disse ele, recentemente, no lançamento do livro.



Atriz espanhola Astrid Berges Frisbey

Paulistana Laura Neiva
Em 1926, um vestido preto de Chanel foi descrito por uma publicação de moda como o uniforme que toda mulher gostaria de usar --eis a era da padronização. Transgressora, a estilista logo buscou, no guarda-roupa masculino, as jaquetas escocesas em tweed. Adaptadas, elas viraram a "pretinha básica" da mulher independente que começava a surgir.

 

The Little Black Jacket. OCA do parque Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº. Das 10h às 19h. De 31/10 a 1/12. Grátis


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