Domenico Dolce e Stefano Gabbana são considerados culpados em segunda instância por evasão de divisas |
Dolce, Gabbana e o contador Luciano
Patelli foram sentenciados pela corte de apelações a um ano e seis meses
de prisão. No último mês de junho, eles foram condenados a cumprir um
ano e oito meses na cadeia, além do pagamento de multa pelas declarações
de impostos omissas. Mas nenhum dos réus terá de cumprir qualquer
período na prisão, já que a sentença é inferior a dois anos, tempo
mínimo de condenação segundo as leis do país.
O irmão de Dolce, Alfonso, a diretora
geral da grife, Cristiana Ruella, e o diretor financeiro Giuseppe Minoni
também foram sentenciados a um ano e dois meses de prisão, dois meses a
menos que a pena original estabelecida no ano passado.
Entenda o processo
Seguindo as investigações que tiveram
início em 2008 pela Guardia di Finanza, braço da polícia italiana
vinculado ao ministério nacional de economia e finanças, Dolce e Gabbana
foram acusados de evasão fiscal pela venda das marcas Dolce &
Gabbana e D&G para a holding Gado Srl, sediada em Luxemburgo, em
2004. A polícia italiana acredita que a holding fundada pelos próprios
designers serviu como mecanismo para evitar o pagamento dos altos
impostos corporativos italianos.
Os advogados dos réus apresentaram suas
apelações em novembro de 2012 e, durante a primeira audiência no mês de
março seguinte, o procurador Gaetano Santamaria surpreendeu a todos ao
refutar as acusações, pedindo que todos os acusados fossem absolvidos.
Dolce e Gabbana, que sempre negaram as acusações, foram considerados
culpados em junho em primeira instância e já ameaçaram até fechar a grife caso não consigam recorrer da decisão.
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