
Estimado
em 300 mil pessoas, o público tem uma oportunidade especial de ver de perto a
família real. De carruagem aberta e puxada por quatro cavalos, a rainha
Elizabeth II percorre os seis quilômetros que separam o Castelo de Windsor do
hipódromo. Chega acompanhada do marido, o duque de Edimburgo, e dos filhos, o
príncipe Charles, herdeiro do trono, e Edward, conde de Wessex. Outras
carruagens, com membros da realeza, seguem o séquito. Trajados a rigor, à
frente vêm os cavaleiros da Guarda Real. A entrada triunfal do cortejo,
instituído em 1820, durante o reinado de George IV, é um dos momentos mais
esperados. Assim que atravessam os portões do Ascot Racecourse, as carruagens
dão uma volta na raia. Em reverência à rainha, a plateia, em pé, entoa “God
Save The Queen”, o hino nacional inglês, tocado por uma pequena orquestra.
Depois, os membros da monarquia seguem para a “Royal Enclosure”, a tribuna
restrita à realeza e seus convidados. O espaço tem visão privilegiada que
permite acompanhar de perto os últimos metros da emocionante chegada dos
animais.
Os
convidados do “Royal Enclosure” obedecem a um rígido código para se vestir, uma
imposição da monarca, que em 2008 ficou contrariada com a indumentária das
mulheres, de ombros e pernas de fora. Somente têm acesso ao recinto real homens
de fraque e cartola e mulheres com vestidos comportados. Mas, se o vestuário
tem suas regras, um dos acessórios, o chapéu feminino, não obedece a nenhum
padrão. É um show à parte. Aí, literalmente, a imaginação é o limite. A
indumentária virou instituição em Ascot. A variedade é enorme, e nem sempre o
bom gosto dita as regras. Todo ano há uma profusão de estilos, modelos, cores e
tamanhos. As plebeias seguem o figurino. E tem gente que vai ao evento não para
ver cavalo correr, mas apenas apreciar o desfile dos exóticos chapéus.
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